segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que pode uma Câmara Fotográfica?

Um momento, passou...
Em um instante tudo se revela. Nada é para sempre.
Mas ela estará, a qualquer tempo, disposta a ser: "A Sentinela".
Uma câmara, como já dizia o poeta, nada pode por si só.
Sendo um simples objeto inanimado, só pode com a ajuda do fotógrafo, o dissimulado.
Esse sim pode, cabal, estará sempre por detrás de uma câmara a captar o mais tarrível e profundo abismal.
A câmara fotográfica é tão original que não possui nem um inventor.
É fruto de várias experiências do tempo amador.
Dispara-se um flash e o tiro está dado.
Pelas mãos de um hábil operador, a câmara faz coisas que até paracem um filme de terror.
Onde a emoção e delírio estão quentes, gerando assim, um clima de suspense.
Vigiar, dependendo da situação, pode até gerar uma termenda confusão.
Com direito ao confisco da pobrezinha, que nada fez a não ser obedecer ao um piscar de uma luzinha.
Denunciar, com grandes habilidades investigativas.
Ela pode até aparecer em um noticiário da TV.
Guardar, aquilo que está decadente e ninguém quer olhar.
Porém, sempre se acha um lugar para trancafiar.
E segue seu caminho a esconder aquilo que, aos poucos, está se desintegrando.
E mesmo assim, todos estão se lixando.
O foco central de uma câmara, sempre será o foco central de seu usuário, que necessariamente, não será sempre o fotógrafo, mas qualquer indivíduo que esteja apto a não perder o foco.
Em mãos inquietantes, a aptidão de uma câmara é rodar como um caixeiro viajante.
E ao findar, de par em par, seu usuário estará sempre a utilizar a mais bela sincronia dos movimentos de um dia.
(Inspirado em: Câmara Viajante - Carlos Drummond de Andrade)

2 comentários:

  1. passando por akii...e não posso deixar de comentar, gostei do q li...parabens..

    jah deixo o meu convite para visitar meu blog..estou lançando uma serie entitulada versões em versos...fique a vontade..

    forte abraço

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  2. Thiago parabéns!!
    Adorei o seu blog...

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