quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Dente

Cai o dente.
Pobre dente.
Dente, em ti havia um copo de leite quente.
O dente é primo do pente, pois ambos fazem a higiene da gente.
Pobre dente.
Dente intermitente.
Dente que um dia se descarrilhou e se chocou com a úvula.
Quase engoliram o dente.
Esse dente era pertinente!
Não vejo o dente.
Quem vê o dente é contente.
Sou triste.
Sou mole.
Assente dente.
O dente é crente. Crente e sente. Se sente é porque mente.
Nunca sei do dente.
Quem sabe do dente é vidente.
O dente é insipiente, não gosta de falar carinhosamente.
Tudo pro dente é freneticamente ardente.
Dente que, perdidamente carente, está decadente.
O dente, diplomaticamente, é diferente.
Dente, excelente dente!
Lustroso dente que indecentemente é mormente.
O dente vai doente, doente pelo batente.
O dente procura deficientemente um depoente.
Façamos do dente um florescente acidente!
Dente, heroicamente inocente!
Agora, vejo o dente.
Dente saliente, imponente, está integralmente paciente.
Nervosamente o dente se sente como uma estrela cadente.
Estrela vivente!!
O dente é uma estrela que nasceu totalmente sorridente.
E assim, docemente residente, o dente vai diligente se fazendo de convincente.
Eu acredito no dente.
Dente pra mim é coisa de gente.

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